Relações Internacionais ganha destaque com diálogos que transcendem fronteiras
Com a crescente interconexão entre os países e a complexidade dos desafios que ultrapassam fronteiras — como mudanças climáticas, crises humanitárias e questões econômicas —, o campo das Relações Internacionais (RI) tem ganhado cada vez mais relevância por ser uma carreira dinâmica, de impacto social significativo e alcance global.
A área necessita de profissionais capacitados para atuar em múltiplos setores, públicos e privados, conectando nações, culturas, governos e empresas. O internacionalista, como é conhecido quem se forma em RI, desempenha um papel essencial na mediação interesses em contextos internacionais, além de compreender as dinâmicas políticas, econômicas e sociais que moldam o cenário mundial.
Atuação além da diplomacia
Embora a diplomacia seja um dos caminhos mais conhecidos — com atuação em embaixadas, consulados e organismos governamentais —, Anderson de Miranda Gomes, coordenador de curso de Relações Internacionais da UNIASSELVI, explica que o ramo oferece também amplas oportunidades em diferentes segmentos:
“São diversas as opções para seguir essa carreira. Alguns exemplos são:
- Organizações internacionais: como a ONU, OMC, UNESCO e Banco Mundial, onde podem trabalhar com desenvolvimento, direitos humanos, saúde pública, cooperação técnica, entre outros temas de impacto global.
- Organizações não governamentais (ONGs): na coordenação de projetos de ajuda humanitária, articulação política e ações em regiões de conflito ou vulnerabilidade.
- Empresas multinacionais: na área de comércio exterior, compliance internacional, análise de risco político, logística e planejamento estratégico global.
- Setor público e assessorias governamentais: atuando na formulação de políticas públicas com dimensão internacional, em temas como meio ambiente, migrações e segurança internacional.
- Educação e pesquisa: produzindo conhecimento, análises e dados estratégicos sobre relações exteriores e conjunturas internacionais”.
Atuar em RI inclui conhecimentos como ciências políticas, economia, direito internacional, história, geopolítica, ética e filosofia. Esse conjunto permite ao internacionalista desenvolver um olhar crítico e estratégico, compreendendo o funcionamento dos sistemas globais e as particularidades de cada região do mundo.
Além disso, o professor destaca a importância do domínio de línguas estrangeiras:
“É claro que, especialmente, inglês e espanhol são muito bem-vindos na profissão, mas também o francês, alemão ou mandarim são considerados diferenciais importantes, assim como a familiaridade com culturas diversas e habilidades de negociação”.
O coordenador explica ainda que a versatilidade, a proatividade e a atenção às transformações do cenário internacional são aptidões valiosas. Ele também destaca as principais competências valorizadas no mercado de trabalho incluem:
- Capacidade de comunicação em diferentes contextos culturais;
- Habilidades em mediação, negociação e resolução de conflitos;
- Pensamento analítico e estratégico;
- Capacidade de trabalhar em equipes multiculturais e interdisciplinares;
- Interesse por política, economia global, direitos humanos e sustentabilidade.
Mercado em constante expansão
Com a ampliação das parcerias internacionais em todos os setores, o mercado de trabalho em Relações Internacionais está em constante crescimento. A presença de empresas com atuação global, a complexidade das cadeias de suprimentos internacionais e a crescente importância da atuação em causas globais aumentam a demanda por profissionais especializados em estratégias de cooperação, relações multilaterais e análise de riscos internacionais.
A carreira em RI também é uma escolha atrativa para quem busca propósito e impacto, uma vez que muitas oportunidades estão ligadas à transformação social, à mediação de conflitos e à promoção de direitos em escala global.
Para saber mais sobre essa carreira e conhecer os bastidores da formação em Relações Internacionais, ouça o episódio 31 do podcast Pode Perguntar da UNIASSELVI.